A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva – por tempo indeterminado – a prisão das duas mulheres suspeitas de matar e esquartejar um menino de 9 anos. A criança foi morta em casa, nessa sexta-feira (31), e partes do corpo dela, escondidas em uma mala deixada dentro de um bueiro, em Samambaia (veja detalhes abaixo).
De acordo com a Polícia Civil, a mãe do menino, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, cometeu o crime com a ajuda da companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, 28. As duas foram presas em flagrante no sábado (1º).
Na audiência de custódia, a juíza Simone Garcia Pena defendeu a legalidade da prisão e negou a soltura do casal. A magistrada considerou que o caso é de "especial gravidade", já que o crime foi praticado contra uma criança – filho de uma das autuadas (Rosana).
Além disso, a Justiça determinou que as mulheres sejam colocadas em cela separada de outras detentas "em razão da repercussão dos fatos".
Rosana e Kacyla vão ser levadas para a ala feminina do Complexo Penitenciário da Papuda (Colmeia). A reportagem não localizou a defesa das mulheres presas.
O crime
O corpo do menino foi encontrado esquartejado dentro de uma mala deixada na quadra QR 425 de Samambaia, no DF. Partes da vítima foram localizadas por moradores da região.
Por volta de 1h30 desse sábado (1º), um grupo de jovens que jogava futebol em uma quadra de Samambaia Norte viu Rosana deixando uma mala em um bueiro. Por estranharem a situação, o grupo chamou a Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também foram acionados.
"As moradoras teriam desfigurado o rosto, queimado em uma churrasqueira e, em seguida, colocado partes dele em uma mala e mochilas para descartes", diz trecho da ocorrência policial.
Uma criança de 8 anos também estava na casa onde houve o crime e foi levada para um abrigo pelo Conselho Tutelar. O pai da menina chegou nesse domingo (2) em Brasília, mas ainda não recebeu autorização da Justiça para viajar com a criança. A família mora em Rio Branco, no Acre.