ESPOSA DE HOMEM QUE MORREU APÓS EXPLOSÃO DIZ QUE ELE ' CHGOU LOUCÃO ' PARA MATÁ -LA
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Publicado em 07/08/2022

A esposa de Djanir Luiz Rosa Coutinho, que morreu carbonizado em uma explosão de carro em Barra do Turvo, no interior de São Paulo, contou, neste domingo (7), que o homem chegou 'doidão' ao Conselho Tutelar. Ela foi orientada a ficar dentro da unidade e acredita que o marido pretendia matá-la. "Ele ia fazer comigo [incendiá-la]".

A mulher, que preferiu não se identificar, explicou que foi procurar o Conselho Tutelar para saber se poderia sair de casa, já que não aguentava mais as brigas em casa. De acordo com ela, Djanir passava muito tempo fora e sempre chegava "alterado" pelo consumo de drogas e bebidas alcoólicas.

Ela disse, por exemplo, que o marido recebia, em média R$ 600 por semana "fazendo bicos", mas que gastava o dinheiro com coisas erradas. Por conta disso, revelou que passaram quatro dias sem água em casa e sempre tinham que pedir comida, leite e gás para parentes e amigos.

A mulher saiu de casa na quarta-feira (3) e voltou para pegar os seus pertences na sexta (5), mas, segundo ela, Djanir não permitiu a entrada sem que ela o deixasse ver a filha, que estava na casa de parentes.

"Ele falou que queria ver a filha e eu disse: 'não, você está o dia inteiro bebendo hoje. Amanhã você vê a nenê', ele não aceitou, ficou quietinho e entrou [em casa]", disse a mulher, que se dirigiu ao Conselho Tutelar. Na sequência, Djanir "chegou lá bem loucão".

"Bem doido, encostou o carro. Eu entrei para o conselho, porque a mulher [conselheira] pediu e não vi nada".

"Quando eu vi que ele tinha acalmado e as mulheres todas gritando, eu fui ver. Já tinha explodido e o fogo já tinha apagado. Não vi nada [carro em chamas]. Quando eu vi, ele já estava sem vida", completou.

Ameaças

O casal estava junto há oito anos. A mulher afirma que Djanir sempre foi "alterado", mas acreditava que ele poderia mudar. Além das drogas e bebidas alcoólicas, segundo ela, o marido se envolvia com outras mulheres.

A mãe de uma dessas mulheres contou sobre a traição para a esposa dele, que decidiu conversar com Djanir. "Falei: 'pode ficar aí e eu vou para a casa de parentes ficar um pouco lá, porque não está nada bom aqui'. Ele disse: 'não, se você tomar uma atitude e tirar a menina de mim eu vou atrás de você e mato você'".

A mulher afirmou que Djanir nunca agrediu ela e a filha, apenas ameaçava. Mas, de acordo com ela, nos momentos em que estava alterado, ele batia a própria cabeça na parede, dava socos na pia, chutar a geladeira, a televisão e os armários, além de jogar no chão tudo que estava pela frente.

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