Um adolescente de 14 anos foi apreendido dentro da Escola Estadual Camilo Santana, em Ubá, na última quarta-feira com uma machadinha e um martelo na mochila. Na mochila, de acordo com o registro da Polícia Militar, havia também um bilhete afirmando que ele cometeria um massacre no colégio.
Ainda de acordo com a PM, também havia um caderno com desenhos de como ele executaria o massacre planejado. O adolescente contou que o motivo do crime era sua infelicidade em relação à escola, à família e à vida e que teve a ideia depois de saber dos atentados de Aracruz, no Espírito Santo, que deixou três professoras e uma menina de 12 anos mortas na última sexta-feira.
Ele afirmou estar arrependido, pediu para ser internado e seguir com o tratamento psicológico que faz. Já o planejamento foi feito após uma pesquisa no celular da avó. A polícia encontrou no histórico de uma rede social instruções de como executar o crime. O adolescente ainda revelou que não tinha um alvo específico, mas que escolheria de forma aleatória.
O ataque foi frustrado após a escola ser avisada por mães de alunos que seus filhos viram as armas e ouviram o adolescente ameaçando o crime. O conselho tutelar foi chamado, assim como a família do jovem, que foi representada por uma tia dele.
Pelas redes sociais, a vice-diretora da escola, Fabiana Caneschi, relatou o caso e afirmou que “a escola continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de violência ou que fira a dignidade dos alunos”.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que uma equipe multidisciplinar, com apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), irá acompanhar o caso e proceder com o acolhimento necessário aos estudantes envolvidos e à comunidade escolar, em conjunto com a rede de apoio local (Polícia Militar, Promotoria, Conselho Tutelar, CRAS, entre outros).