A madrasta de Ian foi indiciado por homicídio com qualificadora de recurso que impossibilita a defesa da vítima e prática de violência doméstica contra criança. O pai do menino também foi indicado pelo mesmo crime, já que a lei afirma que, quando o genitor é omisso, ele também responde pela prática do resultado. Ian morreu no início de janeiro por traumatismo craniano.
Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil informou que descarta a possibilidade de que a filha mais velha de Bruna teria machucado o irmão. Em depoimento, a madrasta havia dito que a filha, que estava com o pé engessado, tinha chutado Ian e o machucado no rosto. O médico legista afirmou que a lesão de Ian era muito alta para ter sido feita por uma criança ou durante uma queda, outra versão apresentada pela madrasta.
Além disso, a Polícia Civil também chegou à conclusão de que o pai, Márcio, não estava em casa no momento que Ian foi agredido. Em um áudio enviado por Bruna e apresentado às autoridades, ela informa Márcio de que Ian havia caído e se machucado. Em resposta, o pai da criança teria ficado bravo, afirmando que Ian só caía quando ele não estava presente.
Após uma investigação que ouviu cerca de 15 pessoas e realizou diversas perícias, a Polícia Civil chegou à conclusão que de Bruna teria desferido um golpe com um objeto pesado na nuca de Ian. Segundo investigação, Márcio não teria socorrido o filho assim que chegou em casa, mas apenas duas horas depois que a criança já estava desacordada.
Enquanto Bruna foi indiciada por homicídio com duas qualificadoras, Márcio foi indicado pelos mesmos motivos, uma vez que foi considerado omisso. O delegado do caso, Diego Alves, afirma que Márcio assumiu o risco, uma vez que Bruna já tinha histórico de agressões contra o enteado.