O policial militar expulso Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, firmou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF), segundo informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo, neste domingo (21).
A delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas Lessa estaria disposto a responder as perguntas que a polícia tem sobre os assassinatos ocorridos no dia 14 de março de 2018. Crime completa seis anos em 2024.
A promessa do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, é que os homicídios de Marielle e Anderson serão esclarecidos até o fim de março. “Estamos há um ano à frente de uma investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”, afirmou no início do ano em entrevista à rádio CBN.
Formado sargento da Polícia Militar, Lessa está preso desde 2019 suspeito de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Com histórico de chefiar uma milícia na comunidade de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, Lessa é apontado na delação premiada de Élcio Queiroz, que dirigiu o carro usado no crime, como autor dos assassinatos.
Lessa é suspeito também de atuar no tráfico de armas e ostentava uma vida de luxo antes de ser preso, morando em uma mansão na Barra da Tijuca avaliada em R$ 3 milhões.