VAI A JÚRI EM MINAS ACUSADO DE MATAR ESPOSA ESFAQUEADA
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Publicado em 28/01/2024

O homem de 42 anos acusado de esfaquear a esposa em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, e mantê-la em casa por três dias até ela morrer será julgado em júri popular. É o que decidiu a juíza Sandra Sallete de Silva, da Vara Criminal de Lagoa Santa.

No documento que a Itatiaia teve acesso, a magistrada cita que o réu confessou a autoria do crime. O autor afirma que ele e a esposa, Adalgesia Lessa Soares, de 56 anos, discutiram após beber. A mulher teria pegado uma faca, mas foi desarmada e, na sequência, esfaqueada duas vezes nas costas. O homem afirma que a mulher não quis acionar o socorro com medo de que o companheiro fosse preso. O relato do suspeito é contestado.

O acusado vai a julgamento popular por homicídio qualificado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio) e violência doméstica e familiar. A data do júri ainda não foi definido.

A Itatiaia tenta contato com a defesa do réu. O espaço segue aberto.

Relembre o caso

Um homem de 42 anos foi preso na tarde do dia 13 de julho após confessar ter matado a própria esposa em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Durante a manhã, o suspeito procurou o posto de saúde no bairro Aeronautas alegando que a companheira, Adalgesia Lessa Soares, de 56 anos, havia morrido em casa. Segundo o homem, a esposa era diabética e fazia uso de diversos remédios.

Os atendentes acionaram a Polícia Militar, que foi até o local junto com uma equipe do posto de saúde. No local, eles encontraram a vítima já sem vida. De acordo com a ocorrência, Adalgesia apresentava “sinais óbvios de violência”, e a perícia da Polícia Civil teria constatado duas perfurações por faca.

Após ser confrontado, o suspeito acabou confessando a esposa e mostrou o local onde escondeu a faca usada no crime. Adalgesia Lessa Soares, de 56 anos, teria sido esfaqueada pelo marido durante uma briga no domingo (9). Desde então, a mulher teria ficado presa em casa, com o ferimento aberto e sem receber nenhum atendimento médico, até morrer entre quarta (12) e quinta-feira (13). A Polícia Militar já havia registrado uma ocorrência por conta de um desentendimento do casal em 2019.

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