O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que aguarda as conclusões das investigações sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco e afirmou que as apurações vão mostrar que sua família foi injustamente prejudicada com teorias sobre o crime.
“A Marielle foi assassinada, algo brutal, que obviamente abominamos. E um possível executor morava no meu condomínio, que tem 150 casas. Daí o mundo começou a cair na minha cabeça. O Jornal Nacional contou a história do porteiro, que havia ligado para minha casa e eu teria atendido e autorizado um colega desse cidadão a entrar. Depois, o porteiro voltou atrás. Mas, isso me marcou ao longo de muito tempo. Inclusive, uma das teorias, era que Marielle estava crescendo muito, seria candidata ao senado, adversária do Flávio e eu queria eliminar ela. Depois pregaram que meu filho 04 namorava a filha desse possível executor. Depois descobrimos que a filha nunca tinha se relacionado com Jair Rena, que ela morava nos Estados Unidos”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro afirmou que não conhecia a vereadora e que seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), não tinha problemas com Marielle.
“Agora, há poucos dias, uma delação que ainda não foi homologada, acusa um ex-deputado estadual e conselheiro do TCE como possível mandante. O que eu mais quero é que esse fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle. O meu filho Carlos teve gabinete no mesmo andar da Marielle e nunca tiveram nenhum problema. Fomos massacrados. Imediatamente após divulgar essa delação ainda não homologada, já se começa uma outra narrativa, a hipótese de um segundo mandante. Agora, o caso Adélio, só de curiosidade, o delegado que conduziu o inquérito concluiu que não houve mandante, que ele foi um lobo solitário, mesmo com ele tentando entrar na Câmara dos Deputados com um documento falso”, disse Bolsonaro.
Na semana passada, em uma suposta delação premiada ainda não homologada pela Justiça, o ex-policial Ronie Lessa teria apontado o conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, como um dos nomes ligados ao crime contra Marielle e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.