O julgamento do jogador Dani Alves, acusado de estuprar uma mulher no banheiro de uma boate em dezembro de 2022, começou nesta segunda-feira em um tribunal de Barcelona.
O processo, que deve prolongar-se até quarta-feira, começou pouco depois das 10h30 locais (6h30 em Brasília). O Ministério Público pediu nove anos de prisão para o atleta.
Neste primeiro dia, a previsão é de que a vítima, a amiga e uma prima, que estavam no local em 30 de dezembro de 2022, prestem depoimento. Dois garçons e o porteiro da boate também serão ouvidos.
Ainda no primeiro dia, o Ministério Público Espanhol fará as primeiras considerações. A defesa do ex-jogador e a acusação também irão se posicionar.
Já na terça-feira (5), outras 22 testemunhas serão ouvidas. Uma delas é Joana Sanz, modelo e, na época, esposa de Daniel Alves. Outros quatro amigos de Daniel prestarão depoimento, incluindo o chef Bruno Brasil, que acompanhava o ex-lateral na balada.
Por fim, a mãe da vítima, outros dois seguranças e o diretor da boate terão espaço de fala. Um amigo da prima da mulher - a quem ela recorreu naquela noite para contar o ocorrido - e outros 12 policiais (que participaram do caso) também serão ouvidos.
Na quarta-feira, 7 de fevereiro, os trâmites periciais entregarão relatórios e conclusões do caso. Médicos forenses, legistas, integrantes da polícia científica e biológica e especialistas em impressões digitais farão um posicionamento.
Psiquiatras e psicólogos que tiveram contato com a denunciante também foram convocados para a sessão.
Presença da imprensa
Por decisão do tribunal de Barcelona, o julgamento de Daniel Alves será aberto para a imprensa, que poderá acompanhar a audiência. No entanto, há uma restrição: o depoimento da vítima e seus familiares não poderão ser gravados.
Possível decisão
Isabel Delgado Pérez, juíza responsável pelo caso, irá elaborar a sentença final, que não tem nada para ser divulgada, de acordo com o G1. Ainda assim, Daniel Alves seguirá em prisão preventiva, até que a decisão seja anunciada.
Enquanto o Ministério Público Espanhol pede nove anos de prisão, a defesa da vítima exige uma condenação de 12 anos. A mulher, inclusive, não deve ir ao julgamento, por determinação da Justiça para preservar sua identidade.