Multicampeão, Everson completa quatro anos de Atlético nesta Terça
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Publicado em 10/09/2024

Há exatos quatro anos, em 10 de setembro de 2020, o Atlético oficializava a contratação de um goleiro que, nos anos seguintes, se tornaria multicampeão pelo clube. Em litígio com o Santos, Everson foi um pedido do técnico Jorge Sampaolo à diretoria e desembarcou em Minas Gerais para ser o dono do posto ocupado desde 2012 por Victor Bagy, atual diretor-executivo do Alvinegro.

Atualmente aos 34 anos e com mais de 250 partidas realizadas pelo Galo, o camisa 22 acumula quatro conquistas estaduais (2021, 22, 23 e 24), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022). Além disso, teve algumas convocações à Seleção Brasileira, justamente pelo trabalho realizado em terras mineiras.

Titular com oito técnicos que passaram pelo Atlético neste período, Everson viveu momentos de glórias, mas também de dificuldades e pressão. Recentemente, não conteve às lágrimas após novo tropeço da equipe em duelo contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro. Após o 1 a 1, ele desabafou sobre as cobranças recebidas.

“Como falei, é um clube que tenho uma simpatia enorme. Hoje, posso dizer que amo jogar no Atlético. Por conta dessa avalanche que acabou vindo, me consumiu. Praticamente sou um torcedor já, um torcedor dentro de campo. Não vínhamos em um bom momento. Acabei sendo fraco naquele momento. Deixei muitas coisas me consumirem e acabei desabafando”, relembrou o goleiro durante participação no programa Bola da Vez, da Espn Brasil.

Lesão

Dias depois, Everson sofreu fratura-luxação exposta no dedo mínimo da mão esquerda no início de julho, pouco antes da ‘maratona’ de jogos do Atlético. Enquanto se recuperava da lesão, o goleiro ficou afastado de dez partidas do Galo e viu o jovem Matheus Mendes assumir a titularidade. Ao todo foram 45 dias longe dos gramados.

“Com certeza foi bom os 30 dias parados em casa (lesão) para ver que o problema não era o Everson. Passamos por maus momentos, sofremos gols, que também não foram do outro goleiro, do Matheus Mendes. Era culpa de um sistema. Muitos jogadores machucados, na seleção. Acabamos por ficar mais expostos do que estamos hoje”, avaliou Everson.

“Então, para mim foi até bom. Tudo que Deus faz tem um propósito. Com certeza, ali, na hora, acabei não entendendo a contusão que tive, mas, talvez, tenha sido por um propósito. Não estar atuando, não estar na arena para os leões devorarem. Pude concentrar-me para voltar e desempenhar meu trabalho. Hoje, graças a Deus, venho fazendo bons jogos, contribuindo com a equipe”, finalizou.

O goleiro retornou aos gramados na vitória sobre o CRB por 3 a 0, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Desde que voltou à meta alvinegra, o Atlético não foi vazado em cinco dos últimos oito jogos. Além disso, dos gols que sofreu, nenhum foi marcado de longa distância

 

Goleiros contratados pelo Atlético neste século

Milagres (2001) - primeiro goleiro contratado pelo Atlético neste século, jogou apenas 18 partidas.

Eduardo (2002) - fez 65 partidas e levou 100 gols.

Danrlei (2004) - ajudou a equipe a fugir no rebaixamento, mas fez parte da campanha da queda para a Série B em 2005.

Laílson (2006) - chegou como substituto do goleiro Bruno, vendido ao grupo MSI, mas não fez nenhum jogo.

Juninho (2007) - contrato como substituto de Diego Alves, vendido ao Valencia-ESP, defendeu o Galo em 72 partidas.

Sérvulo (2008) - outra aposta, participou apenas de dois amistosos.

Aranha (2009) - em 39 jogos pelo Alvinegro, não conseguiu se firmar como dono da posição.

Carini (2009) - famoso goleiro uruguaio, fez 19 partidas e também teve rápida passagem.

Marcelo (2010) - pedido por Vanderlei Luxemburgo, não ficou até o fim da temporada e jogou apenas quatro vezes.

Fábio Costa (2010) - outro pedido de Luxa, o ex-goleiro do Santos fez 20 jogos no Galo.

Giovanni (2011) - fez 79 partidas, mas se tornou reserva de Victor a partir da temporada seguinte.

Lee (2011) - contratado para compor elenco, fez apenas três partidas.

Victor (2012) - com mais de 420 partidas realizadas e multicampeão, se tornou um dos maiores da história do Atlético.

Lauro (2016) - contratado após lesão de Victor e Giovanni, disputou posição com Uilson, não foi titular, e deixou o clube sem estrear.

Wilson (2019) - contratado junto ao Coritiba, fez apenas três partidas. Teve passagem relâmpago pela Cidade do Galo.

Rafael (2020) - chegou ao clube após 18 anos defendendo Cruzeiro; foi reserva de Victor e depois de Everson, até se transferir para o São Paulo.

Everson (2020) - em litígio com o Santos, trocou o peixe para se tornar multicampeão pelo Atlético.

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