Brasil concentra mais de 68% dos incêndios na América do Sul nas últimas 24h
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Publicado em 15/09/2024

Nas últimas 24 horas, o Brasil foi responsável por mais de 68% dos focos de incêndio registrados na América do Sul, conforme dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Nesse período, o país contabilizou 3.820 queimadas, muito à frente de outros países como Peru (760), Bolívia (551) e Argentina (282), que também atravessam o período de estiagem.

Entre os estados brasileiros, a situação escalou para o patamar mais crítico no estado do Pará, que liderou o ranking de queimadas com 740 registros entre sexta-feira (13) e este sábado (14).

É no estado paraense que está a cidade com o maior foco de queimadas do Brasil nos últimos dias: São Félix do Xingu, localizada a 1.050 quilômetros de Belém. Foram 146 focos de incêndio em apenas um dia.

Nesta semana, a prefeitura do município decretou emergência e fez um apelo para que os produtores rurais da região não utilizassem fogo para abrir pastagens ou limpar terrenos. O governo paraense informou que está concentrando esforços na região.

Mato Grosso em chamas

Embora tenha sido ultrapassado pelo Pará nas últimas horas, o Mato Grosso é o estado brasileiro que apresenta o pior cenário de queimadas ao longo da última semana.

Desde o último domingo (08), o estado concentra quase 24% de todas as queimadas no Brasil, com 5.773 focos de incêndio.

A situação no estado é de calamidade, especialmente nas áreas de terras indígenas, onde o fogo tem se alastrado com rapidez e de forma descontrolada.

Segundo relatos da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Estado, pelo menos 38 terras indígenas já registraram focos de incêndio neste período de seca.

Na última quarta-feira (11), a Defensoria Pública da União encaminhou um ofício ao Governo Federal cobrando o empenho de pessoal e a elaboração de planos para conter as queimadas na região. O prazo de resposta é de 10 dias.

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