Ao menos três órgãos vão apurar as causas do acidente do avião que saiu da pista do Aeroporto de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, nesta quinta-feira (9), e explodiu na praia do Cruzeiro. O piloto morreu e outras sete pessoas ficaram feridas, sendo quatro tripulantes da aeronave.

A Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e vai investigar possíveis responsabilidades criminais. Já o Ministério Público fará uma apuração das circunstâncias e apontar eventuais responsabilidades, além de verificar a regularidade da aeronave e do Aeroporto de Ubatuba. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), também fará uma investigação.

Na noite desta quinta (9) houve uma operação de retirada dos destroços do avião. Com o auxílio de um guindaste e retroescavadeiras, os agentes recolheram toda a estrutura que ficou espalhada pelo mar e na faixa de areia. A operação foi acompanhada por agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar, do aeroporto local e da Força Aérea Brasileira.

Os destroços estão sendo levados para uma base do Cenipa em São Paulo. O órgão, responsável pela apuração das causas do desastre, prevê apresentar um relatório preliminar sobre as causas do acidente em 30 dias.

A única vítima fatal do acidente foi o piloto Paulo Seghetto, que era de Goiânia. Ele morreu depois de ser retirado das ferragens em parada cardiorrespiratória e passar por tentativa de reanimação.

Os demais ocupantes da aeronave, que saiu da pista do aeroporto e deixou um rastro de fogo até chegar a praia, eram Mireylle Fries, de 41 anos, o marido dela, Bruno Almeida Souza, de 41, e os dois filhos, de 4 e 6 anos. Os quatro foram retirados com vida do avião e levados conscientes e estabilizados para o hospital. A concessionária Rede VOA, que administra o aeroporto de Ubatuba, informou que o acidente atingiu uma mulher na orla e uma criança, que sobreviveram.

Uma das linhas de investigação será a de que o avião precisaria de mais pista do que a disponível no aeroporto de Ubatuba para pousar em segurança, segundo dados da fabricante da aeronave e do próprio aeroporto.