Homem é preso por injúria racial após chamar porteiro de ‘macaco’
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Publicado em 10/01/2025

Um homem de 26 anos foi preso durante a noite dessa quinta-feira (9) pelo crime de injúria racial dentro da UPA Ressaca em Contagem, na grande BH. A vítima das supostas ofensas foi um porteiro da unidade de saúde, de 51 anos.

A vítima dos xingamentos, conforme a Guarda Municipal, teria pedido para que o suspeito, que estava acompanhando uma paciente, deixasse um local que é restrito para funcionários.

Irritado, o homem teria chamado a vítima de “macaco”, além de atingir um computador da unidade, que não foi danificado. O suspeito saiu do local. Contudo, foi alcançado pelos guardas, que o prenderam em flagrante. Ele já possuía passagens policiais por furtos.

Vítima e suspeito foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a PC e aguarda um posicionamento.

Outro caso

Uma mulher, de 35 anos, foi presa por injúria racial após insultar a funcionário de um bar no bairro Alípio de Melo, região da Pampulha, em Belo Horizonte, na última terça-feira (7) à noite. A informação foi confirmada pela Polícia Civil no fim da manhã desta quinta-feira (9).

Conforme o boletim de ocorrência, a gerente do estabelecimento comercial contou que a cliente se queixou do atendimento e, posteriormente, “reclamou” dizendo: “da próxima eu resolvo com uma pessoa branca”.

Ainda conforme o BO, a cliente ainda repetiu a frase ao ser questionada. O crime foi cometido após funcionário entregar um espeto e a cliente não gostar da qualidade do tira-gosto.

“Ela pediu o espeto e bebida e depois pediu para fechar a conta com o garçom e não comigo, que estava no caixa. Ao fazer o pagamento ela reclamou de algo que não gostou do espeto, com o garçom”, contou a gerente.

Denúncias disparam

Conforme a lei brasileira, o crime de injúria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem, o crime de racismo atinge uma coletividade de indivíduos — discriminando toda a integralidade de uma raça. Em janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei aprovada pelo Congresso Nacional que equipara o crime de injúria racial ao de racismo e amplia as penas.

Conforme os dados mais atualizados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a outubro de 2024, foram 1.521 denuncias — 200% a mais que no ano anterior no mesmo período, quando a polícia registrou 490 casos. Em 2022, foram 423.

O número de casos de racismo é menor. De acordo com a pasta, de janeiro a outubro do ano passado, foram 162. Em 2023, foram 332, e em 2022 foram 153.

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