Mulheres vítimas de violência em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, agora contam com uma nova ferramenta de proteção: o aplicativo ‘Botão de Pânico’. Destinado a mulheres que possuem medida protetiva, o app permite acionar rapidamente a Guarda Municipal em situações de emergência.
O serviço, disponível 24 horas por dia, foi desenvolvido pela Guarda Municipal de Paulínia, em São Paulo, e repassado sem custos ao município de Betim. Para ter acesso, as mulheres com medida protetiva devem procurar a Patrulha de Proteção à Mulher na sede da Guarda Municipal, levando um documento de identificação com foto e a medida protetiva.
Anderson Reis, secretário adjunto de segurança pública de Betim, explica o funcionamento do aplicativo: ‘Quando essa mulher acionar esse botão de pânico, de imediato a nossa central recebe um alarme. O operador imediatamente aciona uma viatura que está mais próxima do local onde essa mulher vai estar’. Reis ressalta que o app fornece a localização geográfica da vítima, seu telefone de contato, além da foto da vítima e do possível agressor.
Combate à violência contra a mulher
O ‘Botão de Pânico’ surge como uma ferramenta adicional no combate à violência contra a mulher, visando aumentar a eficácia das medidas protetivas. ‘Essa sensação que as medidas protetivas não surtem efeito, o aplicativo vem para ser mais uma ferramenta que vai fazer com que a gente consiga de fato prender o autor de violência contra a mulher, caso haja’, afirma Reis.
Dados da Ouvidoria de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Prefeitura de Betim revelam a importância de tais iniciativas. Em março, a unidade registrou 193 manifestações, com a violência psicológica e o assédio sexual liderando as denúncias. A violência doméstica aparece em 18,85% dos casos, seguida pela violência física.
A implementação do ‘Botão de Pânico’ em Betim representa um avanço significativo na proteção às mulheres vítimas de violência, oferecendo uma resposta rápida e eficaz em situações de risco e reforçando a importância das medidas protetivas no combate à violência de gênero.