A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) se posicionou sobre o aumento da taxa Selic em 0,50%, de 14,25% para 14,75% ao ano, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (7). De acordo com a entidade, a decisão “restringirá investimentos, a competitividade, e elevará os custos de produção”.
Por meio de nota, a Fiemg diz que reconhece que o controle da inflação para a estabilidade econômica é importante, mas que o cenário atual pode agravar a desaceleração da economia brasileira.
Na avaliação do presidente da entidade, Flávio Roscoe, a guerra comercial entre Estados Unidos e outros países, além de reduzir as projeções de crescimento global, tem provocado efeitos deflacionários sobre o Brasil, especialmente com a queda nos preços das commodities. “Esse contexto contribui para aprofundar a desaceleração da atividade econômica doméstica já em curso, e a adoção dessa medida tende a intensificar ainda mais o enfraquecimento da economia, com impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias”, alertou Roscoe.
Em relação ao aumento na taxa Selic, Roscoe defende a condução de uma política monetária mais equilibrada. “Em momentos de elevada incerteza, torna-se ainda mais necessária que a política monetária seja conduzida com cautela, considerando os efeitos defasados das medidas já adotadas e o atual nível significativamente contracionista da taxa de juros, para evitar impactos desproporcionais sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho”, ressaltou.